Anilhagem das crias de Peneireiro-das-torres 2022

Hoje foi dia de anilhar as crias de Peneireiro-das-torres (Falco naumanni), que nasceram este ano na vila de Mértola. Foram anilhadas 9 crias, e numa das caixas-encontrado um ovo que não eclodiu.

Estima-se que este ano tenham nidificado 13 a 15 casais na vila, neste que é o último local urbano em Portugal onde a espécie se reproduz. Em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas – técnicos do Parque Natural do Vale do Guadiana – e com o apoio da Câmara Municipal de Mértola estamos a acompanhar de perto o sucesso reprodutivo da espécie e a garantir que têm um local seguro para nidificar.

O evento foi aberto ao público e iniciou com uma breve explicação da ecologia da espécie. Carlos Carrapato, técnico do ICNF – Parque Natural do Vale do Guadiana, explicou a importância das medidas de conservação para esta espécie.

Cada um dos participantes, teve a oportunidade de ajudar a anilhar uma das crias, e aprender em detalhe como distinguir machos e fêmeas. Numa das caixas-ninho, as crias exibiam já uma plumagem colorida, revelando um estado mais avançado, enquanto que as outras três tinham a plumagem menos desenvolvida.

Em Maio, uma das fêmeas ensinou-nos 3 técnicas para encubar os ovos...

Entre os participantes, estiveram connosco alunos de Gestão Cinegética, da Escola Profissional Alsud, e membros da Associação Montícola e da Estação Biológica de Mértola, parceiros Portugal Wildscapes noutras iniciativas.

Obrigado a todos pela vossa participação!

Fica a conhecer o projeto de conservação para apoiar a colónia de Peneireiro-das-torres em Mértola.

Esta atividade teve o apoio do programa Alentejo 2020.


Primeira cria de peneireiro-das-torres nasce no dia da criança

As primeiras crias de peneireiros-das-torres (Falco naumanni) da colónia de Mértola, começam agora a sair da casca. Graças às câmaras que foram instaladas em caixas-ninho na vila de Mértola, é possível acompanhar a época de criação de duas famílias da espécie, que também é conhecida por Francelho. Mértola é o último local urbano em Portugal onde a espécie ainda nidifica, existindo cerca de 20 casais.

As câmaras foram instaladas pela Portugal Wildscapes em parceria com o ICNF – Parque Natural do Vale do Guadiana e com o Município de Mértola, num esforço conjunto para garantir que a espécie continua a nidificar na vila, em caixas-ninho instaladas para esse efeito.

Existem outros indivíduos na Zona de Proteção Especial de Castro Verde e no Parque Natural do Vale do Guadiana, que nidificam em antigas ruínas, cavidades e, atualmente, também em paredes de nidificação instaladas pela Liga para a Proteção da Natureza, no âmbito de projetos de conservação para a espécie no Baixo Alentejo.

No filme gravado esta manhã, é possível observar uma cria fora do ovo, um ovo semi-eclodido e ainda momentos de alimentação, em que a progenitora oferece pequenos pedaços de rato à cria, que terá sido possivelmente trazido pelo macho esta manhã.

Esta medida de conservação permite assim conhecer melhor os hábitos de alimentação e a sua forma de comunicação, estudar o comportamento da espécie, e ainda identificar o momento certo para anilhar as jovens crias antes de abandonarem o ninho. Será feita uma sessão de anilhagem pública, em Junho, em data ainda a definir – já que dependerá da evolução das crias.

Saiba mais sobre o projeto de conservação para o peneireiro-das-torres

Espreite a Rota de Observação de Aves para tentar descobri-los em voo.

Rota de Observação de Aves

A Rota de Observação de Aves vai guiá-lo por dez pontos muito especiais entre os concelhos de Mértola e de Castro Verde. Cobrindo habitats distintos, que vão das estepes cerealíferas e dos vales fluviais escarpados até a açudes e barragens, há uma imensa avifauna para descobrir durante as diversas estações do ano.

A instalação das câmaras é uma iniciativa da Portugal Wildscapes, cofinanciada pelo Programa Operacional Regional do Alentejo – Alentejo 2020.


Águia-imperial-ibérica devolvida à natureza depois de recuperar de 14 chumbos

Esta manhã a Portugal Wildscapes acompanhou a devolução à natureza de uma águia-imperial-ibérica, em Alcaria Ruiva, concelho de Mértola. Antes de ser libertada, foi-lhe instalado um emissor de GPS financiado pelo Fundo de Conservação Portugal Wildscapes.

Esta águia-imperial-ibérica foi encontrada no início de Março em Moura com 14 chumbos, em mau estado. Durante dois meses e meio teve uma recuperação impressionante, graças aos esforços da equipa do Centro de Recuperação de Animais Silvestres em Lisboa, LXCras da Câmara Municipal de Lisboa .

Numa parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas – Parque Natural do Vale do Guadiana, a Portugal Wildscapes está a contribuir para o estudo da espécie. Foi-lhe instalado um datalogger que emite em tempo real a sua posição geográfica, permitindo aos técnicos do ICNF, acompanhar os seus movimentos e assim analisar hábitos de dispersão.

Uma medida de conservação importante que permite aprofundar o conhecimento sobre a ecologia da espécie e também detectar a morte dos indivíduos precocemente (e assim poder identificar a causa e evitar outras perdas).

Esta é a segunda águia-imperial-ibérica libertada com um emissor gps financiado pelo Fundo de Conservação Portugal Wildscapes.

Em breve vamos dar notícias sobre a localização da outra águia-imperial-ibérica libertada!

Saiba mais sobre o projeto de conservação para as águias-imperiais-ibéricas e outras iniciativas apoiadas pela Portugal Wildscapes.


Alcaria: a águia-imperial-ibérica que nos vai contar onde anda

A águia-imperial-ibérica, que foi mais tarde apelidada de Alcaria, foi libertada em Alcaria Ruiva no final de Março.

Havia sido resgatada há cerca de 3 meses e esteve em recuperação no LXCras- Centro de recuperação de animais silvestres, estrutura da Câmara Municipal de Lisboa.

No dorso da águia foi colocado um emissor de GPS, financiado pelo Fundo de Conservação Portugal Wildscapes, no âmbito na nossa parceria com o Parque Natural do Vale do Guadiana – ICNF.

Fotografias de João Santos – ICNF

Esta ação de conservação permitirá acompanhar os movimentos da águia, conhecer hábitos ecológicos e de dispersão. Futuramente, quando atingir maturidade sexual, vai permitir-nos perceber que territórios escolherá para nidificar.