A Rota de Observação de Aves vai guiá-lo por dez pontos muito especiais entre os concelhos de Mértola e de Castro Verde. Cobrindo habitats distintos, que vão das estepes cerealíferas e dos vales fluviais escarpados até a açudes e barragens, há uma imensa avifauna para descobrir durante as diversas estações do ano.

Distância
78 km

Ponto mais elevado
220 m

Ponto mais baixo
11 m

A Rota é acessível por veículos motorizados ligeiros ou de bicicleta e pode ser feita em qualquer sentido. Cada ponto escolhido permite observar uma variedade de espécies que ocorrem e nidificam no Baixo Alentejo. São 10 pontos para descobrir, cruzando as freguesias de Entradas, São Marcos da Ataboeira, Alcaria Ruiva e São João dos Caldeireiros.

Permaneça em cada ponto durante alguns minutos, sempre em silêncio para não perturbar as aves. Em alguns pontos, recomendamos que faça uma pequena caminhada, para melhor escutar e observar as espécies mais tímidas. Mantenha sempre uma distância de segurança

Recomendamos que contacte um guia local ou uma empresa especializada na observação de aves, de forma a tirar o maior proveito do passeio. Em cada etapa tem uma sugestão de locais e experiências.

A Rota também pode ser feita em autonomia; neste caso, não se esqueça de trazer os seus binóculos e guia de identificação de aves!

O que visitar em cada estação do ano?

Na primavera, a paisagem pintada de verde e flor, enche-se de um burburinho constante: das abelhas em frenesim, e das aves que vão, aqui e ali, exibindo os seus comportamentos nupciais. É o momento de encontrar parceiros, procurar locais para fazer o ninho e alimentar as crias.

Visite as estepes cerealíferas, e facilmente encontrará abetardas (Otis tarda) pintalgando de branco a paisagem, tartaranhões-caçador (Circus pygargus) planando em busca de comida, ou francelhos (Falco naumanni) peneirando sob a vegetação.

A estação seca estende-se de finais de maio a outubro. A água escasseia na paisagem, as plantas perdem o verde, o ar aquece. Mas nem a seca, nem as temperaturas altas assustam as aves que aqui escolhem nidificar. Há uma imensa atividade em busca de alimento para as suas crias.

Recomenda-se sair cedo pela manhã ou ao final da tarde. Durante o pico de calor, até as aves são tímidas. Visite charcas e açudes, há uma grande probabilidade de encontrar aves aquáticas e limícolas.

O outono marca a partida de muitas aves, que após a época de nidificação, rumam em direção ao sul em busca de um inverno mais quente. Chegam muitas outras, vindas do norte e centro da Europa, que ora permanecem aqui durante o inverno, ora estão de passagem, aproveitando a paragem para recuperar forças e seguir viagem.

Visite os miradouros, as charcas e os açudes, e esteja atento aos céus: há bandos de aves de todas as dimensões em migração. Durante a noite, podem ver-se bandos de flamingos e de patos em migração.

No inverno, os montados e a estepe cerealífera são ocupados por aves que vêm do centro e norte da europa procurando escapar ao inverno rigoroso que por lá se sente. Os Grous (Grus grus), provavelmente os mais audíveis e vistosos, voam em grupos de centenas e vão circulando entre montados em busca de bolotas, e pequenas charcas e açudes onde pernoitam.

Com um inverno ameno e temperaturas moderadas durante o dia, o Baixo Alentejo é um excelente local para ver aves durante esta estação. Procura os miradouros e passeia pelas estepes cerealíferas. Com as sementeiras já preparadas para a primavera, muitas aves circundam e sobrevoam os campos em busca de alimento.

Descubra os 10 pontos de paragem

① Açude de Entradas

Localizado na saída de Entradas em direção a São Marcos da Ataboeira. Tem sombra e um pequeno espaço de merendas.

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② Estepe – Vista panorâmica

Localizado na estrada que conecta Entradas e São Marcos da Ataboeira, oferece uma vista panorâmica sobre a estepe cerealífera de Castro Verde. Pode fazer um pequeno passeio a pé deste ponto.

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③ Ribeira de Terges

A estrada entre Entradas e São Marcos da Ataboeira cruza a ribeira de Terges. Permita-se para por alguns momentos para observar o pequeno oásis de aves que se podem aí escutar.

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④ Apariça

Uma excelente vista sobre as paisagens estepárias, ao redor da Quinta da Apariça. Nesta paragem, por favor não caminhe além da placa informativa.

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⑤ Nª Srª de Aracelis

A Capela de Nª Srª de Aracelis situa-se na fronteira entre os municípios de Castro Verde e Mértola. Sentada no topo de uma paisagem de planície esculpida em mosaico, permite uma visão 360º sobre o território. Passe algum tempo neste ponto e leve telescópio consigo.

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⑥ Benviúda

Ao longo da N123, encontrará o painel no lado oposto à saída para Benviuda. Se estiver a conduzir, estacione o seu carro e aproveite para fazer uma pequena caminhada ao longo do caminho de terra batida. Também pode percorrer estes estradões de bicicleta, fazendo pequenas paragens para apreciar a paisagem bucólica.

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⑦ Ribeira de Alvacar – Navarro

Exit N123 on the road towards Navarro. The road is crossed by the Alvacar river, creating an unique habitat for many small birds, especially during winter to spring. In the summer, often the creek dries out.

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⑧ Água Santa da Morena

Na Água Santa da Morena, o rio Oeiras desenha a fronteira entre as freguesias de São João dos Caldeireiros e Mértola. Recomenda-se que permaneça por algum tempo, o espaço tem um pequeno parque de merendas ensombrado. Ideal para dias de Verão.

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⑨ Açude de Alvares

Ao longo do caminho de terra batida que liga Alvares e Romeiras, pare no açude e permita-se permanecer por algum tempo. Além das muitas espécies se aproximam da água, nas serras envolventes há grandes possibilidades de ver aves de rapina.

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⑩ Observatório do Lince-Ibérico

O Observatório do Lince Ibérico localiza-se junto à Igreja de São João dos Caldeireiros, e oferece uma vista espectacular para o local onde o primeiro lince foi libertado. É excelente para identificar rapinas e ficar a conhecer o programa de reintrodução do lince-ibérico em Mértola.

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Onde dormir ao longo da Rota?

Ao longo da rota vai encontrar estes painéis. As ilustrações são do ornitólogo e ilustrador Paulo Alves. Os textos, em português e inglês, foram escritos por João Jara e Ray Tipper